Veja eu, tão perto, mas tão distante, uma simples imagem do passado.
Não há futuro olhando dentro de meus olhos, não há presente, tudo que se nota é um passado distante, sem saber quando, e onde.
No espelho vejo o reflexo de alguem, mas quem? Uma pessoa que eu não conheço, não lembro de ter conhecido, nada sei sobre o ser que vejo, nada me representa, alem de ser um intruso, de ter se aproximado sem se apresentar. Eu dou risada, sim, muitas gargalhadas, pois a imagem que está a minha frente é engraçada, é exótica, tão diferente, mas tão normal, um enigma difícil de se decifrar.
E que olhos incrivelmente ridiculos são esses? Sem graça, mas tão diferentes, que diabos de cor é essa?
A visão que tenho é de uma imagem assustadora, mas tão maravilhosa, tão sem graça e tão interessante, não sei o que me chama atenção, é diferente, é complicado de explicar! Talvez seja o vermelho dos labios, ou castanho dos cabelos.
Mas então, como vou saber quem é a imagem do espelho? Um fantasma? Um ser mágico? Para alguns, tenho certeza de que é. E para mim? Será que eu sou o espelho que mantem a imagem, ou talvez a imagem que dá vida ao espelho? E se o espelho e a imagem forem a mesma coisa? Então o que eu sou? Eu sou a imagem?
NÃO! Eu sou aquilo que está dentro da imagem que está dentro do espelho...
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