quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tão distante

Veja eu, tão perto, mas tão distante, uma simples imagem do passado.
Não há futuro olhando dentro de meus olhos, não há presente, tudo que se nota é um passado distante, sem saber quando, e onde.
No espelho vejo o reflexo de alguem, mas quem? Uma pessoa que eu não conheço, não lembro de ter conhecido, nada sei sobre o ser que vejo, nada me representa, alem de ser um intruso, de ter se aproximado sem se apresentar. Eu dou risada, sim, muitas gargalhadas, pois a imagem que está a minha frente é engraçada, é exótica, tão diferente, mas tão normal, um enigma difícil de se decifrar.
E que olhos incrivelmente ridiculos são esses? Sem graça, mas tão diferentes, que diabos de cor é essa?
A visão que tenho é de uma imagem assustadora, mas tão maravilhosa, tão sem graça e tão interessante, não sei o que me chama atenção, é diferente, é complicado de explicar! Talvez seja o vermelho dos labios, ou castanho dos cabelos.
Mas então, como vou saber quem é a imagem do espelho? Um fantasma? Um ser mágico? Para alguns, tenho certeza de que é. E para mim? Será que eu sou o espelho que mantem a imagem, ou talvez a imagem que dá vida ao espelho? E se o espelho e a imagem forem a mesma coisa? Então o que eu sou? Eu sou a imagem?
NÃO! Eu sou aquilo que está dentro da imagem que está dentro do espelho...

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